Definição: É uma intercorrência clínica frequente que precisa ser investigada minuciosamente. A pré-eclâmpsia é definida como a presença inédita de hipertensão com proteinúria ou lesão de órgãos-alvo (rins, cérebro e fígado), que ocorre após as 20 semanas de gestação. Já a hipertensão crônica caracteriza-se por ser diagnosticada antes da gestação ou até 20 semanas da gravidez atual. As síndromes hipertensivas complicam de 6-10% das gestações. A prevalência é maior em primigestas. É classificada como doença multissistêmica e pode cursar com disfunção hepática, renal e neurológica.
O primeiro deles é a placentação defeituosa com a invasão superficial do citotrofoblasto. Ocorrem duas ondas de invasões trofoblásticas, a primeira em torno de 8-10 semanas e a segunda entre 16-18 semanas de gestação.
Na pré-eclâmpsia, ocorre ausência da migração da segunda onda trofoblástica, evoluindo assim para uma perfusão uteroplacentária comprometida, disfunção endotelial, hipóxia e isquemia placentária, trazendo consequências futuras para mãe e feto.
Em casos de pré-eclâmpsia com menos de 20 semanas, atentar para a associação/causa com mola hidatiforme.
Em casos de aparecimento de pré-eclâmpsia após 2 dias ou até 6 semanas do parto, considera-se como pré-eclâmpsia tardia.
Hipertensão gestacional: Elevação da pressão arterial (≥ 140 x 90 mmHg) iniciada após 20 semanas de gestação, na ausência de critérios diagnósticos para pré-eclâmpsia. É um diagnóstico provisório que pode mudar para hipertensão crônica se a pressão arterial permanecer elevada além das 12 semanas pós-parto. Se a pressão arterial normalizar após 12 semanas, o diagnóstico é hipertensão transitória da gravidez.
Pré-eclâmpsia (PE): É a hipertensão (≥ 140 x 90 mmHg) associada à proteinúria de início recente (> 300 mg/24 horas) após 20 semanas de gestação. Se não houver proteinúria, o diagnóstico requer um ou mais sinais ou sintomas de disfunção de órgãos-alvo:
Início precoce, se ocorrer antes de 34 semanas de gestação, ou início tardio, se ocorrer em 34 semanas ou mais;
Pré-eclâmpsia também é classificada quanto à presença ou ausência de sinais de gravidade;
PE sem sinais de gravidade: ≥ 140 x 90 mmHg; proteinúria ≥ 300 mg/24 horas;
PE com sinais de gravidade: Pressão arterial sistólica ≥ 160 mmHg ou pressão arterial diastólica ≥ 110 mmHg (em 2 ocasiões com, pelo menos, 4 horas de intervalo) e/ou um dos seguintes sinais e sintomas:
Eclâmpsia: Convulsão em mulheres com pré-eclâmpsia, sem outra causa identificável. A eclâmpsia pode ocorrer durante o período pré-parto, parto ou pós-parto. Mais de 90% dos casos ocorrem com 28 semanas de gestação ou posteriormente.
Hipertensão arterial crônica: Antecede a gravidez, está presente antes de 20 semanas de gestação ou persiste por mais de 12 semanas após o parto.
Pré-eclâmpsia sobreposta: Gestantes portadoras de hipertensão crônica com sinais clínicos e/ou laboratoriais de pré-eclâmpsia.
Observação: Proteinúria de 300 mg/24 horas equivale a 1+ de proteína no EAS.
Na maioria dos casos, a doença aparece na segunda metade da gestação.
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